Como lidar com o luto: conheça as fases e estágios

Homem tentando lidar com o luto

Como lidar com o luto não é algo que sejamos ensinados a enfrentar. Superar as dores de uma perda então, nem pensar. Só que em certo momento todos vão se deparar com essa necessidade.

O luto aparece após a ruptura traumática de um vínculo com o qual nos envolvemos. 

A exemplo disso, posso mencionar a morte, mas é uma complicação falar disso porque também existe forte resistência em tocar nesse assunto.

Quanto ao processo do luto, acaba por demandar um grande gasto energético. Algo além do que se imagina. 

Logo, esse fardo não dá para ser carregado só. Ajuda, ritos e acolhimento são importantes para esse momento.

Assim então eu te pergunto, como lidar com o luto quando acontece o tal rompimento com alguém, lugar, emprego ou posses? Como se sentiria, e como saberia lidar com o sentimento da perda? 

Sobre a elaboração do luto, já ouviu falar? Sabe que existem fases nesse processo?

Tenho uma última pergunta, você sabe também como as Terapias Integrativas podem atuar para te ajudar nesse processo?

Então chegou o momento de entender o que acontece e como lidar com o luto! Porque toda a dor e o sofrimento que despertam o luto já é por demais confuso, difícil e sombrio.

O Terapeuta aqui resolveu quebrar o tabu e falar disso para você entender melhor essa fase da vida e como lidar da melhor maneira possível. 

Continue comigo que te conto tudo.

Como lidar com luto: morte e quebra de vínculos

A morte é algo irreversível, aparece quando menos se espera. Ou ainda que se espere, a ideia de como lidar com o luto certamente não faz parte dos seus planos. 

Calma! A maioria das pessoas não faz essa reflexão também, mas que tal começar a considerar isso tudo?

Enfrentar e aceitar a morte, sempre será um desafio a se vencer. No entanto, não refletir antes sobre a morte e como lidar com o processo do luto, vai tornar tudo muito maior e ainda mais difícil.

Eu quero te contar uma coisa, antes de encarar a perda por morte, várias outras perdas vão acontecendo ao longo da vida. Já se deu conta disso?

Elas podem parecer mínimas e em comparação à morte são muito menores, mas possuem o mesmo princípio, a perda. Você vai entender lendo mais adiante.

Sentimentos são evidências do luto

Sofrimento e dor vão surgir em resposta a alguns fatores: ausência, apego, tristeza, culpa, raiva e ressentimentos. Você já deve ter vivenciado isso.

Todas as energias e sentimentos existentes em nós tendem a se tornarem caóticas ao passo que o fluxo energético interno já não esteja bom.

Em caso de morte, o grande problema é não falar da sobre previamente. É não tratá-la como fator natural da vida. 

Karina Okajima Fukumitsu em seu livro, Vida, morte e luto diz: “Às vezes, lidar com a dor é mais difícil do que com a própria morte”.

O agravante no cenário de perda, resulta na impossibilidade de lidar com o luto de maneira saudável .

A morte sempre fez parte da vida

A finitude foi associada ao negativo, mas na vida tudo morre, se transforma e ganha novo significado como parte integrante da nossa trajetória.

E como temos visto, morte, luto e sofrimento relacionam-se com a capacidade humana. Tem a ver com estar vivo.

Então, “não falar de morte é não falar sobre a vida”, conclui Karina em um trecho do mesmo livro. 

Quem nunca ouviu: “Para morrer basta estar vivo”? É bem por aí mesmo, um não vive sem o outro. 

Ela diz mais: “quem nasce morre, e somente morre quem tem vida”.

Você já entendeu que a morte é um dos rompimentos entre um sujeito e um objeto que estão vinculados com resultados visíveis no luto.

Então o que acontece quando quebra essa engrenagem? Como significa que algo nos foi arrancado gera um trauma que evidencia alguns fatos causando desequilíbrio.

A realidade vai mostrar que ao chegar seja sem esperar ou não, vai interromper projetos, jogar pra dentro da gaveta sonhos, fazer dos abraços lugares vazios e tornar tudo um grito ensurdecedor de silêncio.

Mostrando que é preciso olhar, absorver, processar o que aconteceu e refletir sobre o que fazer dali por diante.

O Eu que Sou diante da morte e da perda

Continuando, Maria Lucia Homem, Psicanalista, professora e autora, dá uma explicação de como se processa esse sentimento dizendo: “o que eu sou, engloba todas as coisas que me compoem”.

https://www.youtube.com/watch?v=QObVTSSAhg4&ab_channel=CasadoSaber

Eu sei que esse é um conceito que parece confuso e abstrato, mas saiba que só é diferente do que estamos habituados. Na verdade, faz muito sentido.

Seria algo do tipo: “Eu sou, com…”. Esse “com” vai estabelecer a relação com algp que chamamos de objeto e ele vai estar vinculado a nós.

Sendo assim, posso entender que eu sou o meu corpo ao invés de pensar que tenho um corpo. Ao mesmo tempo que o que torna a minha existência real vai ser a minha relação com alguma coisa. 

Morte, perda e impacto 

O vínculo e engrenagem entre o sujeito, “Eu”, junto do objeto “Com” ao sofrerem uma ruptura. Seja devagar ou repentina, física, emocional ou imaginariamente. Significa que a ideia daquilo que me sustentava foi arrancada e já não existe mais comigo. 

Ou seja, o meu sustento, passa não mais existir me causando desequilíbrio. Logo vem a dor e sofrimento causado pela falta daquilo que me era composto.

Esse conceito reafirma que não existimos de forma independente. 

Isso significa que sim, somos fruto de uma existência com algum outro objeto com o qual nos relacionamos. A dependência faz de nós quem somos. 

Vale a pena assistir o vídeo completo de Maria Lucia Homem explicando esse assunto..

Como lidar com o luto: tratando e não adoecendo?

Mesmo depois do que já leu aqui talvez você diga que o luto é um sofrimento passageiro e de que não precise tratá-lo devidamente. Não é bem assim.

Claro, o luto não mata, mas desencadeia problemas que podem levar à morte. 

É o que diz Diz Patricia Pereira Ruschel em seu livro, Quando o luto adoece o coração –  luto não-elaborado e infarto “…dificuldades no processo de elaboração do luto ligam esta dificuldade com o motivo de sofrer infarto agudo do miocárdio”.

Atualmente estudos mostram a profunda relação entre os sintomas e reações do infarto percebidas quando as pessoas estão tentando de alguma maneira resolver a questão do luto. 

Sendo assim, cuidar e tratar o luto quer dizer: observar e dar a devida atenção à sua amplitude, ter um olhar mais abrangente às necessidades do enlutado e suas dificuldades em lidar com esse luto.

As reações do luto com processo e tratamento

Além da perda por morte, o luto também ocorre em outras situações. Perda de emprego e término da relação também se encaixam nesse cenário.

Perceber as reações conferidas ao processo de como lidar com o luto já é um passo para melhor elaborar. São de diversas ordens: emocionais, físicas, cognitivas, comportamentais, sociais e espirituais.

Das reações emocionais, elas variam desde choque, tristeza e raiva até irritação, depressão, confusão e irritabilidade. Enquanto físicas elas podem ser um aperto no peito, falta de ar, falta de sono entre outras relacionadas ao campo físico. 

Já nas cognitivas, comportamentais e sociais podem falar de falta de concentração e memória, agitação, busca e procura pelo objeto do luto ou mexer nas coisas dele, e questionamentos sobre aspectos religiosos.

Luto não é doença mas precisa tratar

Mesmo que diante de tudo já falado o sofrimento vindo do luto pareça sem maiores consequências, o luto está ali. Compreender e perceber essa presença já é o caminho para elaboração.

Porque o que acontece diante da perda e quebra do vínculo, de certa forma interfere na segurança que deixa de existir revelando uma experiência ameaçadora. 

Eu já disse que o tempo é um elemento não exato para elaboração do luto, mas outros fatores como o nível e a qualidade desse vínculo são associados indicam característica do processo de como vamos lidar com esse luto. 

Acolhimento e tempo como fatores determinantes

Enfrentar sozinho parece até uma boa opção, mas acredite em mim, não é não. Pode ser uma das piores coisas a se fazer. 

Deixe eu te explicar uma coisa. Tentar elaborar alguma perda demanda lidar com muitos processos relacionados ao que se foi. 

Daí suas habilidades emocionais podem não dar conta das repercussões ao longo desse processo. Assim a elaboração do luto vai resultar na prolongação do tempo e não te permitir seguir em frente.

Veja bem, a resposta psíquica para a perda é o luto, algo normal. Um alerta vai se acender caso esse tempo se prolongue demasiadamente, tornando-o não saudável. 

Reações persistentes

Não há um tempo exato que determine a superação, sempre varia bastante de pessoa para pessoa, mas tem um parâmetro que identifica quando não está bom. 

Nesse sentido, todos os recursos emocionais e psicológicos são indicadores do tempo necessário para elaboração do luto considerando suas cinco fases. 

Para buscar ajuda psicológica e Práticas Integrativas atente para as reações que persistem com grande intensidade:

  • Persistência do desejo de estar com a pessoa ou objeto
  • Continuar a não acreditar no fato da morte
  • Forte sentimento de culpa e de morrer junto com a pessoa
  • Dificuldade de se manter em seu círculo social, perder a confiança nos outros e não continuar o exercício das atividades normais
  • Falta de planejamento com antecedência
  • Sofrimento desproporcional

Sobre o tempo, a Associação Americana de Psiquiatria definiu o parâmetro de duração não maior do que de 12 meses para uma concluir que o luto foi superado.

Ou seja, um luto maior que esse período com sintomas demasiadamente intensos é considerado não saudável e requer tratamento.

Outras considerações são: observar a forma como cada pessoa vive o luto, considerar fatores como o tipo de apoio familiar ou social e a personalidade de cada um.

A importância do rito na elaboração do luto

Vera Iaconelli, Psicanalista e doutora da USP, em entrevista à CNN aponta alguns desses pontos.

Ela cita a situação de pandemia do Covid-19, em que passamos por um período grande de isolamento. Matou mais de meio milhão de pessoas no Brasil e devastou várias famílias. 

Sendo aumentada as dificuldades para elaborar o luto por não poderem viver os ritos.

Nesse caso em especial, todos os processos de vivência sobre o luto não puderam ser feitos. 

E quando fala-se de processo nesse momento é sobre velar o morto, abraçar as pessoas, receber conforto, inclusive falar sobre o seus sentimentos. Esses são os ritos.

Os ritos marcam um reconhecimento da pessoa que vive o luto em ser reconhecida dentro dele e assim legitimar o seu sofrimento. Por exemplo, falar como se sente em função da perda.

Como lidar com o luto é algo que não fomos preparados, então enfrentar, perceber tudo, aceitar e ajustamento diante disso é um processo doloroso e legítimo. 

Freud em Trabalho do Luto, e explica que é um trabalho psíquico feito de elaboração diante da situação da perda. 

Esta elaboração não diz que o luto desaparece, contudo a convivência tende a melhorar com ele a partir desse trabalho psíquico. 

Em outras palavras, quando você vai aprendendo como lidar com o luto ele ganha novo significado, onde a dor vai dando lugar a celebração da vida da pessoa.

E ainda, Fabrício Carpinejar colabora: “Se reconhecermos que as pessoas que morreram, morreram por uma falta de prevenção coletiva, por uma vacinação tardia, você tem motivos razoáveis para entender a morte. Mas, se boicotarmos tudo o que testemunhamos, vai continuar negando e fugindo dela.

https://www.youtube.com/watch?v=7wbjJhrZOPo&ab_channel=DrauzioVarella

Reconhecer e Lidar com o luto em etapas é o processo necessário

A morte constitui ainda um acontecimento medonho, pavoroso, um medo universal, mesmo sabendo que podemos dominá-lo em vários níveis“.

Eu resolvi iniciar com essa frase que é um trecho do livro Sobre a Morte e o Morrer de Elisabeth Kubler-Ross escrito em 1969.

Porque reforça a afirmativa que fiz mais acima sobre o terror da morte e introduz a descoberta dela sobre as cinco fases do luto para entendermos melhor a elaboração dele.

Realmente fugimos desse assunto e as desculpas são muitas, achar que o morto está dormindo, não permitir que crianças participem dessa realidade porque as considerem muito novas para lidar com isso, ou porque querem protegê-las de ansiedade, frustração e do choque.

Viver o luto em etapas é o caminho

Será que essa recusa e adiamento do assunto não seria um artifício para se afastar da morte e do luto? 

As crianças quando se tornarem adultas saberão como lidar com o luto sem saber do que se trata a morte?

Então entender essas fases do luto e nos ajudar a direcionar como lidar com o processo:

  1. Negação: é o primeiro impacto do rompimento com o vínculo. É quando se tem a percepção da perda. Este é um mecanismo de defesa que permite ir processando e acomodando gradualmente a dor reprimida para suportá-la.
  2. Raiva: após a absorção da situação na fase um. Esta segunda, se apresenta como raiva do objeto que foi embora, seja de um morto, chefe que demitiu ou término do relacionamento. Essa fase é saudável, embora mascare outros sentimentos como tristeza e ressentimento até a sensação de abandono. Ao passo que a pessoa perceba essa raiva e entenda o que está escondendo a raiva vai perdendo força.
  3. Negociação ou Barganha: esta fase mostra a tentativa em recuperar de alguma maneira o controle da situação. Essa é uma maneira de tentar sair da situação e com isso ir adiando a tristeza e o luto. Busca-se encontrar finais diferentes para o fato ocorrido.
  4. Depressão: após 3 estágios percorridos, é o momento de encarar o momento presente e entender o estado atual é irreversível. É um momento que se experimenta um profundo sentimento de dor com desinteresse pelas atividades e até pela vida, desânimo, vazio… A impressão é que irá durar pra sempre levando ao questionamento se vale a pena continuar, ainda que doloroso demais este é um passo para superação. É comum neste processo, além de não ter incentivo de seguir em frente, acreditar que esteja condenada a esse tipo de situação e que sempre vai falhar ou que tudo perdeu o brilho e valor.
  5. Aceitação: nessa última fase não é entendido que chegamos ao famoso “está tudo bem”. Na verdade é onde chegamos a real compreensão da realidade e reconhecendo que nada mais é como antes. E neste novo momento aceita-se a condição e aprende-se a conviver com isso da melhor maneira possível.

Eu honestamente ainda não vi em toda a sabedoria e ciência, seja humana ou divina, algo que possa  apagar a dor da perda ou de passar por essas fases.

Veja que enfrentar só não é um caminho viável. 

É tão penoso que muitos não chegam à fase final para superar a dor, tamanho o cansaço, fraqueza e de quanto estão perdidas.

O que vemos é que além de acompanhamento psicoterapêutico associado às Terapias Integrativas, têm cada vez mais espaço e sucesso no processo de como lidar com o luto.

Terapias Integrativas dão suporte necessário para lidar com o luto

Eu tenho falado aqui há bastante tempo do quanto a Medicina Chinesa é profunda e do quanto as Terapias Integrativas proporcionam melhora, bem-estar e qualidade de vida.

E não vai ser diferente em casos de luto!

Vejamos as terapias e os seus resultados efetivos em cada estágio das fases do luto:

  • Na Negação a terapêutica com o Reiki, a Acupuntura, o Pranic Healing, os Florais, a Meditação e a Aromaterapia são ótimos instrumentos e estratégias. Todos eles trarão para o enlutado, mais serenidade e calmaria, para estarem mais flexíveis à essa mudança que se nega aceitar.
  • Na Raiva todos os movimentos de agressividade e frustração podem ser atenuados com o Reiki, o Pranic Healing, os Florais e a Aromaterapia, que vão limpar internamente e proporcionar a melhor gerenciamento da energia da raiva e outras frustrações do momento tal como o inconformismo
  • Na Negociação e Barganha todas as Terapias Integrativas são indicadas e com resultado fantástico para lidar com o luto. Isto porque essa é a fase mais ligada para algo além do mundo físico, o que vai ligar com aspectos divinos e de espiritualidade. Então promove maior centramento e autocuidado onde as expectativas e frustrações começam a transmutar a dor em saudade.
  • Na Depressão, sendo essa talvez a fase mais longa do luto, as Práticas Integrativas trazem afago, acolhimento e reforço emocional. Nesse período de profundo isolamento e sentimentos introspectivos a Acupuntura será soberana porque consegue atingir o maior número de queixas recorrentes. Ela acalma , relaxa e gera energia de acolhimento. Claro, sendo sempre reforçado pelas outras práticas integrativas.
  • Na Aceitação ou Adaptação que após a depressão ainda continua sendo uma fase muito sensível embora já esteja no final e pareça um momento que tudo já passou. É o momento em que a pessoa se prepara para dar o próximo passo na vida que mesmo com dores possui maior consciência. Portanto a proposta das Terapias Integrativas auxiliam na adaptação do cotidiano, na promoção de qualidade de vida, na nova experiência da felicidade, do amor, da alegria de estar vivo, da manutenção do equilíbrio emocional para os enfrentamentos do dia a dia do ser humano.

Nova experiência depois da fase de como lidar com o luto

Podemos dizer que após a superação das cinco fases de como lidar com o luto experimentamos um novo significado para o momento que vai se iniciar. 

Um movimento que vai partir da relação tida com o vinculado antes da perda. Vai ser de dentro para fora após cumprir todos os estágios da elaboração do luto.

Lembre-se, os traços daquela época ainda serão carregados, mas com um novo significado à caminhada. Sempre teremos algo daquele tempo conosco. 

Vale lembrar também que as Terapias Integrativas podem ser acessadas a qualquer momento e são necessárias. 

Não é preciso fases mais agudas de dor e sofrimento porque ela vai te auxiliar a atravessar esse período com mais equilíbrio, consciência, bem-estar (na medida do possível) e qualidade.

Então procure as Terapias para começar a elaborar maior autoconhecimento e promoção de qualidade de vida, que como visto, vai te ajudar a superar situações adversas com mais equilíbrio e serenidade.

Eu estou te aguardando.

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